Na nossa crítica do presente visa no esclarecimento de três seguintes questões
Qual é a verdadeira natureza da situação atual?
Quais são os elementos históricos que produziram?
Quais a necessidades que dela resultam?
Neste pequeno excerto a reconstrução nacional encheria, evidentemente,
espaço muito superior ao nosso trabalho, especialmente se descrevêssemos
minuciosamente a situação atual. O que possível é apenas a menção dos
principais indícios da crise política e económica, devemos cuidar e não
confundir os fenómenos com as suas razões.
Na medicina, o homem vivo apresenta exemplo muito instrutivo para este
assunto, por exemplo quando aparece um tumor, procuramos o princípio e a
razão na própria parte adoentada. O motivo pode ser, no entanto a impureza
do sangue. É tal impureza é, provavelmente a consequência errada ou
insuficiente.
Não seria possível possível curar o paciente, se o médico combatesse apenas
os sintomas exteriores isso iria apenas aliviar transitoriamente ou um
abrandamento das dores.
Isto acontece da mesma forma, quando se trata de um corpo social adoentado
aí também aí também não basta combater os sintomas do doente. O grande
número das lesões dos interesses públicos nada mais é que indício de
existência de micróbios dentro do nosso sistema social ameaçando o bem
estar da comunidade.
Só na base duma sociedade podre podem semelhantes fenómenos de
degeneração perdurar, mas representando uma permanente ameaça para a
existência nacional. Se a própria nação está doente, não pode, com muita
probabilidade, haver outro motivo além da falsa orientação intelectual sobre a
missão do povo e das autoridades.
Contudo não haverá cura, senão pela proclamação duma nova reforma política
profunda, pela reorganização de uma administração vigorosa e vital,
independente e livre doas desorganizações do passado. Esta antemão
condenada ao insucesso, qualquer solução que se baseie em compromissos
com elementos existentes, ou que procure restabelecer anteriores tipos
políticos falidos e fraudulentos.