Pareceria uma insinuação quasi-mitológica que Salazar fosse maçon e judeu, mas é preciso avaliar
se tais afirmações têm qualquer fundamento ou se são somente obra de cérebros doentes que se
ocupam em alimentar mentiras para denegrir homens de capacidade, como de resto tem sido
regularmente feito.
▪ Possível origem Judaica e Maçónica de Salazar
Não existe nenhum registo que consiga provar se Salazar possuía antepassados judaicos ou não.
Apenas um registo de um conde do Porto que menciona que Salazar teria ascendência judaica por
causa dos seus nomes Oliveira e Salazar.
Quanto à participação maçónica, é também impossível saber se Salazar era maçon ou não. É sabido
que a última vez que se confessou fora em 1914 e que estava severamente descontente com o actual
rumo da Igreja. Ainda assim, isto não são provas de afiliação maçónica. Existe apenas um possível
registo de Salazar numa Loja de Coimbra com o número 336339. Se tal é verdade ou não, é algo
que nunca se saberá.
A actividade de Salazar durante os seus anos de estudante e futuro político não convergem na
teoria de que este seria uma maçon, embora contrariamente ao mito popular, a Maçonaria em
Portugal não tenha sido perseguida nem extinguida; foi apenas ilegalizada, isto é, as lojas foram
fechadas e não se pôde praticar este culto como outrora. Esta solução parece uma típica de Salazar:
a solução de anulação, mas não de erradicação. Salazar havia banido os partidos, colocando vários
nacionais-sindicalistas e integralistas na União Nacional. Quando declarou o primeiro como ilegal,
convidou os seus membros a se juntarem ao seu partido, com muitos deles a desempenhar um
papel importante, nomeadamente Alberto Monsaraz e Manuel Múrias Junior. Aconteceu o mesmo
com alguns integralistas monárquicos, como Hipólito Raposo, Pequito Rebelo e Santos Costa.
Conhecendo, como nenhum outro homem em Portugal, a natureza dos homens, sabia que muitos
deles, com algum destaque político, facilmente abandonariam as suas crenças “radicais”.
É impossível saber se Salazar pertenceria à ordem ou não, e certo é que os valores que defendia e
pelos quais ansiava encontravam-se em total contraste com os princípios maçónicos.
A sua doutrina e política não possuía pontos em comum com a maçónica. De um lado o
cosmopolitismo e o “progresso”; do outro, um apelo à ruralidade e à tradição. De um lado, a orgia
internacional e anti-nacionalista, do outro um isolacionismo tranquilo e um nacionalismo
moderado. De um lado, a destruição da moral e dos valores fundamentais, do outro um
ressurgimento de valores tradicionais e familiares. Como Ahura Mazda em relação a Ahriman, em
nenhum ponto concordavam. As cosmovisões eram puramente incompatíveis e antagónicas. Dizer
que Salazar era maçon, porque poderá ter sido integrado numa loja – a pedido de Byssaia Barreto
(possivelmente, por causa do nome, um cristão-novo) não tem fundamento. Internacionalismo
contra Orgulhosamente Sós, só isto remete para um confronto eterno entre as duas realidades.
Aliás, a filosofia da frase “Orgulhosamente Sós” é algo que até hoje nenhum “politiqueiro” foi
capaz de decifrar. Na verdade, e na opinião do autor, Salazar quereria dizer “Orgulhosamente Só”
uma vez que, no regime já putrefacto, parecia que ele era o único que ainda lutava pelos seus ideais
e, reconhecendo, que não conseguia acompanhar com os tempos degenerados, soube que melhor
lhe era estar só – mantendo a pureza da sua vontade e virtude – do que se contaminar com os
demais.
Orgulhosamente Só nas suas convicções, na sua capacidade formativa, no seu esforço intenso pela
Pátria. Orgulhosamente Só pois encontrava-se rodeado de traidores e cobardes que não tinham
Portugal no coração e que não sentiam o apelo da mítica lusitana. Orgulhosamente Só pois que via
os valores que defendia a serem corrompidos, o Império a ruir e ninguém a prontificar-se a salválo; os seus ministros a promover os movimentos estudantis marxistas – que bastardizaram os
jovens.
Terríveis decisões foram tomadas por Salazar nos finais da década de 50 e ao longo da década de
60, com a inclusão de negros e todo o tipo de raças no estoque português a fim de salvar o Império.
Ademais, Salazar favoreceu os judeus Espírito Santo, Mello e Ulrich que faziam parte da
Associação Industrial Portuguesa e cujo poder era quasi-supremo, embora estes nunca quisessem
saber de Portugal e ainda menos de Salazar. Após o fim da guerra, quando a democracia gritava,
Salazar manteve-se firme em impedir o triunfo da mesma, que de resto condenou Portugal a uma
pequenez que envergonharia qualquer fundador desta nobre Nação. Ainda mais envergonhados
ficariam ao ver um povo, outrora enorme e hoje pequeno, a se sujeitar à raça judaica. Salazar
morreu traído por um povo que desvalorizou a sua obra e por uma classe burguesa que julgara ter
manobrado o Presidente do Conselho com sucesso. Haviam maçons e judeus na União Nacional,
como Costa Pimenta insinua e o próprio Salazar nunca escondeu as suas amizades eleitas. No livro
Salazar, O Maçon menciona como todos os presidentes da república e da assembleia nacional, dos
tribunais supremos, da RTP, etc haviam sido maçons400
. Costa Pimenta, contudo, indica que o livro
não deve ser lido como uma verdade imutável, mas que se deve colocar de parte dogmas para
poder investigar a mesma. Para Costa Pimenta, o Estado Novo foi o auge do Estado Maçónico.
Para o mesmo, D. Afonso Henriques fora um maçon templário. É importante notar que, tendo
influência ou não, os maçons não perdem uma oportunidade por reclamar a sua importância em
figuras nacionais, como aconteceu com Goethe e Schiller. Se Salazar era maçon, não seria um
muito útil à ordem. Os valores pelos quais lutou encontravam-se distantes dos princípios
maçónicos. Seria mais provável que Salazar tivesse um interesse no oculto e na ordem do que ser
um admirador dos seus princípios. Ou isso, ou então foi um actor espectacular. Goethe, Schiller,
Mozart, Fichte, Herder, etc pertenceram todos à Maçonaria e ninguém dirá que representam um
fermento de decomposição judaica. Aliás, todos eles rejeitaram os princípios assim que
perceberam o verdadeiro intuito da Maçonaria. Existem e existiram maçons totalmente ludibriados
pelos supostos princípios da ordem, nunca tendo entendido verdadeiramente qual o seu propósito.
Os que entendem, como Schiller e Mozart, raramente escapam com vida.
Salazar tentou manobrar a Judeo-Maçonaria e foi derrotado. No fim da sua vida, ao ver
“portugueses” como Amílcar Cabral a liderar movimentos independentistas, apenas a palavra
“ingratidão” lhe soava à mente.
401 Esse foi o prémio que Salazar recebeu por incluir povos extraeuropeus na Nação. Não sabia ele que a MUNAF e demais grupelhos eram fomentados pela China,
CIA e URSS – sedes de poder judaico? Apenas podemos pensar o que teria a dizer da III República
e a sua subserviência a poderes monetários pois “desgraçado do povo que depende de outrem para
sobreviver”. Não deixa de ser impressionante que o povo português – acostumado a uma
mediocricidade terrível e com uma tendência para uma esterilidade intelectual – continua a gritar
a peito cheio “25 de Abril SEMPRE! Fascismo NUNCA mais!”. Não se aperceberam, ainda, que
não há nada a louvar no 25 de Abril? É ainda mais curioso que os mesmos que cuspem estas
palavras não sabem sobre o que se tratou nem o 25 de Abril, nem sabem definir o fascismo. Ainda
pior, não sabem o rumo de Salazar, não sabem o que fez nem porquê. Embora o autor não
reconheça que Salazar fosse o homem ideal para Presidente do Conselho, mas sim o que teve a
coragem e vontade de enfrentar os problemas, não se poderá deixar de mencionar que a sua obra
manter-se-à viva nos anais da Lusitânia e o homem como uma das mais nobres manifestações da
alma lusitana. A difamação e calúnias de que é alvo não são merecidas e são fruto apenas de
homens de baixo intelecto e mínima capacidade que, sendo pequenas marionetes de um sistema
putrefacto e viciado, não suportam alguém mais capaz e apto como de resto eles deveriam ser
também. Compare-se Mussolini, Salazar e o Avatar Hitler aos politiqueiros de hoje, e será como
comparar ratos a leões. Tinha os seus defeitos, como de resto todos os homens; não foi capaz de
enfrentar a Judiaria como gostaria ou como deveria, mas também ninguém em Portugal foi capaz
de o fazer. Esforçou-se em nome do sonho de Portugal e, afastando-se da carreira académica,
envolveu-se na política nacional e internacional para tentar mostrar aos portugueses que Portugal
não era somente uma pequena faixa do Atlântico, apertado numa península com a Espanha, mas
que era sim uma das mais antigas nações com um valor que Camões exigiu que se alevantasse.
▪ A ilegalização da maçonaria
A 19 de Janeiro de 1935 é apresentado, por José Cabral – monárquico e ex-nacional-sindicalista –
um projecto-lei para a ilegaliação da maçonaria/sociedades secretas em Portugal.402
Na apresentação deste projecto-lei, José Cabral proferiu o seguinte discurso:
“Eu sei de Estados que a não toleram. Estados de características idênticas ao nosso: Estados fortes,
autoritários, norteados apenas pela noção firme do bem comum e, assim, sei que a Maçonaria foi
exterminada pelo Estado fascista que a declarou incompatível com a sua própria existência. Nós
temos uma doutrina e somos uma força, disse Salazar”403
Este projecto-lei foi a primeira bomba que o Estado Novo teve que enfrentar. Afinal de contas, a
História de Portugal nos últimos 200 anos era inseparável da infiltração maçónica em todos os
níveis da sociedade, desde Marquês de Pombal até D.Pedro IV, desde Afonso Costa e Teófilo de
Braga a Óscar Carmona e Mendes Cabeçadas.
A reacção surgiu pelo general Norton de Matos que escreveu uma carta ao então Presidente da
Assembleia Nacional – José Alberto dos Reis, maçon – a protestar o projecto-lei. Norton de Matos
acabaria por mais tarde concorrer contra Óscar Carmona nas eleições de 1942 e 1949. Fernando
Pessoa não pôde deixar de escrever um artigo a criticar esta decisão já que era a maior prova de
hipocrisia que um Estado, que se tivesse como a restauração do espírito e da moral, ilegalizasse a
maçonaria tendo deputados que fossem maçons, revelando a origem de José Alberto dos Reis.404
O projecto viria a ser aprovado em Abril desse ano.
Durante o período de 1933-1939, o Estado Novo aproximou-se, inegavelmente, do fascismo
italiano e algumas células da Legião e organizações civis ou estudantis aproximaram-se do modelo
nacional-socialista. A medida da ilegalização da maçonaria foi bem recebida pelo público em
geral, e ainda mais por estas células. Afinal de contas, os nacionais-socialistas, particularmente
Rosenberg, haviam escrito várias obras e artigos nas quais expunham a verdadeira essência da
maçonaria. Também em 1935 esta foi banida, enquanto que na Itália fora em 1925.
Este comportamento anti-maçónico e até anti-judaico em Portugal foi renasicdo pela Acção
Escolar de Vanguarda que viria a ser extinguida pouco depois de Salazar ter consolidado o poder.
Até lá, serviu como um excelente mecanismo de propaganda. Num panfleto, pode-se ler algo que
seria hoje, infelizmente, impossível de ler em qualquer artigo da imprensa portuguesa ou mundial:
“Lembra-te, amigo, que minando os fundamentos da Nossa Terra, cavando os alicerces da Nossa
Pátria, cimentados por um labor tantas vezes secular, as toupeiras das alfurjas, os morcegos das
lojas maçónicas, os judeus sem berço, sem pai, sem mãe, sem passado nem futuro, errantes como
cães vadios, cegos da luz, gloriosa do dia, da luz bendita de Deus, se escondem nas cavernas
sombrias onde tudo é negro, coaxando as senhas grotescas dos iniciados, miando os seus palavrões
vazios, destilando a peçonha corrosiva dos seus venenos”405
Mesmo que pudesse haver qualquer sentimento maçónico entre membros da União Nacional, a
verdade é que Salazar tentou – na plenitude das suas forças – combater uma ordem mundial que
conduziria Portugal a um estado de servilismo de bandeja e subserviência política. Não fez mais
porque não tinha poderes em Portugal – nomeadamente homens de capacidade – que estivessem
dispostos a salvar Portugal. Além disso, a sua acção seria sempre condicionada pela elite judaica
que habitava em Portugal. Se Salazar rompesse com esta elite, decerto teria a sua cabeça a prémio.
Que não hajam dúvidas que o interesse por Salazar era nulo. Apenas pretenderam alimentar-se do
seu poder esperando que a morte o levasse, para depois se alistarem a uma nova ordem. Estes
abutres que ainda hoje sugam Portugal não compreendem o Mito Lusitano; para eles, só o capital,
a fama e o poder oculto lhes interessa. O solo lusitano regado, século após século, com o nosso
sangue, assim vinculando-o perpetuamente com a raça, apenas lhes é um meio para atingir um fim:
exploração total dos recursos com sucessivo ganho monetário. Os trabalhadores portugueses são
apenas peças no tabuleiro capitalista. A família portuguesa é-lhes um insulto. Esta clique que por
detrás dos bastidores, nas lojas maçónicas conspira contra Portugal e contra os portugueses; que
não quer que a Lusitânica renasça, que pretende que Portugal seja apenas mais um fantoche do
Império do Sião não descansará até este país e o seu nobre povo ficar de joelhos a implorar pela
misericórdia dos seus Lordes Absolutos. Essa misericórdia não virá, pelo que será mais nobre e
mais justo perecer em batalha do que aguardar pelo julgamento final que traduzir-se-à somente no
seguinte: destruição de Portugal e consequente bastardização racial a fim de se transformar um
nobre povo num aglomerado de gente sem qualquer avanço espiritual ou filosófico. Os
portugueses, esmagados pela glória do passado e envergonhados pela pequenez do presente, não
podem “duvidar da sua realidade enquanto Nação”, devendo ter o seguinte credo presente na sua
memória:
“Porque sou Português e tenho orgulho de o ser, combato o Judeu! Pela Raça, Povo e Nação,
defendo Portugal!”
▪ As ligações maçónicas de Salazar
Não seria certo insinuar que, por Carmona ser maçon e Presidente da República, Salazar teria uma
amizade peculiar consigo. Pelo contrário, os dois homens eram incompatíveis e pelo menos por
duas vezes Salazar ameaçou sair do cargo de Presidente do Conselho, a primeira em 1934, a
segunda em 1949.406
Salazar e Carmona não tinham, na verdade, nada em comum. O primeiro era um intelectual, dotado
de uma consciência e capacidade incomum em Portugal (de resto habituado a uma terrível
mediocricidade), um homem solitário, isolado nos seus pensamentos e jornais, já que os livros os
“trazia na cabeça”407
. O segundo era um homem de conhecimento e inteligência banalíssimos, com
gosto pelos convívios militares e civis. Agindo na inactividade e movendo-se ainda que imóvel,
Salazar poderia ter sido aquela figura estranha, impenetrável e apagada do povo português. A
propaganda entre 1933 e 1938 explorou tudo da vida do estadista: a sua família, o seu percurso de
estudante, a recuperação “milagrosa” económica (não existem registos fiéis, mas existem rumores
de que Hitler terá pedido conselhos financeiros a Salazar. Da forma como a Alemanha estruturou
a sua economia, é pouco provável embora o Fuhrer lhe tenha enviado uma carta a desejar as
melhoras após o atentado falhado de 1937 – realizado por anarquistas)408 Nesta pode-se ler:
“Exprimo a V.Exa., as minhas mais cordiais felicitações pelo seu feliz salvamento quando do
abominável atentado que lhe era dirigido”
Carmona e Salazar eram raramente vistos juntos, exceptuando em celebrações do 28 de Maio ou
outro feriado nacional. A escolha de Salazar foi, sobretudo, estratégica e inteligente. Era necessário
ter o apoio da Igreja e do Exército para manter o regime; a Igreja louvou-o (até o problemático
Padre Abel Varzim elogiou Salazar várias vezes), o seu melhor amigo foi Cardeal-Patriarca de
Lisboa entre 1929 e 1972, facilitando a concordata de 1940 bem como a reconciliação com a
religião, denunciando os inimigos do regime como Humberto Delgado e o Bispo do Porto António
Ferreira Gomes apaziguando, também, a ala corporativista da Liga Operária Católica e demais
movimentos irmãos. Por sua vez, Carmona representava a aliança do Exército com a nova ordem.
Em 1936, Henrique Galvão e Humberto Delgado – ambos maçons – chegaram a elogiar Salazar
pela ordem militar, civil e política. Galvão, particularmente, foi um ardente admirador da ordem
salazarista.
▪ Juventudes Nacionalistas e a Maçonaria
Na década de 1950, 1960 e 1970, surgiu um renascer do espírito nacionalista em Portugal, fruto
da decadência do regime e do colapso do Ocidente. Deve-se já desmistificar as concepções de que
não existiam membros do partido que eram anti-Salazar; haviam e cada vez eram mais. As
faculdades estavam já infiltradas com movimentos revolucionários de vertente marxista; haviam
mais organizações estudantis marxistas do que nacionalistas. Face a um Império a colapsar, a uma
Europa a mergulhar num fanático capitalismo, desprovida de valores e carácter, surgiram estes
grupos com o intuito de impedir o fim de Portugal enquanto nação. Infelizmente, não foram bemsucedidos.
Seria verdadeiramente necessário investigar estes grupos a fundo, mas para o artigo não ser
demasiado extenso opta-se apenas por mencionar a sua luta contra a maçonaria judaica.
Em 1961, aquando do início da guerra colonial – provocada pelas potências comunistas e
capitalistas do oriente e ocidente, respectivamente – a Tempo Presente descreve a Península
Ibérica como o último baluarte contra a maçonaria, contra o demo-bolchevismo internacional.
Denuncia as forças da ONU que armaram os rebeldes para trair Salazar e Portugal, tudo fruto
daquela massa amorfa e pacifista da burguesia.409
O jornal Agora publica um artigo no qual se pode ler:
“O Talmudismo (...) está na raiz de toda a problemática moderna. De toda, desde que se pesquisem
as causas do internacionalismo revolucionário, da “democracia” anestesiante, da conjuração
anticristã, do marxismo, contra a missão colonizadora das nações católicas (...) Sobra de judeus e
de cripto-judeus de sobrenome português, insinuaram-se (sem nunca se ajustarem), na nossa vida
nacional. Eles abastardaram a Raça. Eles pregam o entreguismo do ultramar. Eles fazem coro com
a ONU, eles conspiram contra o governo, mesmo que a situação os deixe engordar”410
(uma clara
referência aos situacionistas)
De facto, a juventude de hoje está tão bastardizada que seria impossível encontrar um artigo destes
em qualquer jornal independente. Todos estes grupos se sentiam, de uma forma ou de outra, filhos
de Salazar sendo que António José de Brito ficou conhecido por dizer: “Depois de Salazar,
ninguém!”411
, evidenciando que ou o regime evoluíria ou não haveria ninguém para o substituir.
Aliás, o avanço de Marcello Caetano nas fileiras do poder constituiu um motivo de desagrado,
especialmente porque Caetano era o protótipo do político degenerado: ontem integalista, hoje
democrata liberal. De todos os movimentos, a ANSA – Associação Nacional-Socialista Académica
– foi o que deveria ter sido colocado ao serviço do regime para restaurar um sistema que, com
falhas desde a sua nascença, se encontrava num terrível estado de decomposição. A associação
surgiu já depois de Salazar ter morrido e Caetano ser o Presidente do Conselho tendo sido
permitida a sua existência como forma de combater a crescente “comunização” das faculdades.412
Numa publicação, a ANSA denuncia as ligações do Movimento Estudantil – um movimento
marxista que imperava nas faculdades:
“O Movimento Estudantil será português, mas disfarça-o muito bem; dólares U.S, ideias chinesas,
vodka russa, livros cubanos, dirigentes judeus, é apoiada pelas rádios de Praga, Moscovo, Argel,
etc...O que é um traidor? O dever do estudante é estudar e ir a exame. Quem não cumpre com o
seu dever é traidor. Quem não fez exame em Junho é traidor. Perante a academia, os colegas, a
família. Os chefes do M.E são traidores; os chefes do M.E. são judeus. O JUDEU É TRAIDOR”413
Num outro artigo que poderia ser uma tradução do báltico ou de um Walther-Darré, pode-se ler:
“Um filho de um camponês pode ser dotado de muito mais talento que um filho de gente
importante.(...) Cada estudante aceite (na Universidade) deverá prestar publicamente o seu
compromisso de pôr a Pátria e o Povo Português acima de tudo, e repudiar a ideologia comunista
e o capitalismo internacional. A ARISTOCRACIA PORTUGUESA É O POVO
PORTUGUÊS”414
Isto representa o mais belo apelo à vontade unificadora da raça. De que a classe social – mera
invenção burguesa para criar uma falsa ordem e, nessa falsa ordem, superar membros mais capazes
– é nefasta e fraudulenta. Apenas o sangue importa; apenas o sangue define a nobreza de carácter
e virtude. Apenas a classe racial define o Homem. A primeira cria uma falsa autoridade e assenta
os seus princípios hierárquicos no poder do capital, enquanto que a última está plenamente de
acordo com a lei racial definida a priori. Não será difícil, por isso, saber qual se encontra próxima
da essência.
As críticas ao governo mantém-se ao atacarem os “cripto-comunistas” do Expresso que se haviam
infiltrado no Governo, já decadente: Pinto Balsemão, Sá Carneiro e Miller Guerra.
415 Pinto
Balsemão inclusive é um membro do Clube Bilderberg.
A ANSA demarca-se dos demais movimentos de direita “burguesa” que considera serem inaptos
para revolucionar Portugal. Noutro brilhante artigo, pode-se ler:
“Eles não sabem o que querem, não se entendem entre si, não têm originalidade e são comandados
por incompetentes, não quiseram actuar. Por isso mesmo é que os governos e os burgueses os
toleram: sabem que dali não sairá nada de jeito. Estes falsos movimentos de direitas estão
secretamente comprometidos com a Maçonaria de Coimbra, o que não admira, pois praticamente
todos os tecnocratas do governo são maçons, apesar de haver uma lei proibindo cargos públicos a
inimigos do Povo. Por ordem da Maçonaria, fomentam um neo-sebastianismo, levando os
estudantes a esperar um salvador fardado ou coroado que dê cabo da primavera; e os estudantes
assim iludidos, não reagem ao perigo imediato”416
Uma das tristes realidades do Estado Novo assenta na lamentável verdade que, após a 2ª Guerra
Mundial, quando Salazar tinha já 56 anos, o regime viveu da classe burguesa putrefacta; dos
situacionistas que não tinham qualquer intenção que o povo fosse um consigo mesmo, preferindo
a lenta, mas mortal, decomposição. A ANSA surgiu do anseio lusitano de conduzir uma nova
revolução; de revolucionar a Península adormecida, de acordar o Espírito da Raça. Eles, os mais
nobres filhos de Portugal, apelavam ao seu Pai para que este os ouvisse. Marques Bessa, enquanto
Salazar ainda era vivo, escreve:
“A juventude fala. O mágico não pode ouvir. Não o deixam. Os abutres apressam-se a esmagar o
perigo”417 A comunização do regime, as associações estudantis maoístas e marxistas que
apareciam em todas as fendas da sociedade foram propositadamente alimentadas com o único
intuito de provocar a derrocada de Portugal. Fomentadas pela URSS e pelos EUA, apunhalaram
Portugal e a sua glória. Do Judeu não se espera nada senão mentira e traição; quando o sangue trai
sangue a dor é profundamente brutal. Ainda hoje, observamos os traidores sentados na Sinagoga
a lambuzarem-se com o poder que lhes foi conferido pela Internacional enquanto que o povo,
imbecil e estupidificado, bate palmas ao ser empurrado pelo abismo.
A juventude de Abril – sem dúvida a mais bastarda, com excepção da presente – falhou para com
Salazar e para com Portugal. Manipulados pelas forças Judeo-Maçónicas, revoltaram-se contra o
seu pai e contra a sua mãe; ofereceram o Império em Holocausto apenas para seguir o devaneio
“Liberdade”. Foi o Apocalipse da Eterna Lusitânia; hoje é um sussurro tão frágil que algo mais
que isso e desaparece; é um papel tão fino que qualquer tinta o rasga; uma tela pequena que tão
rapidamente fica preenchida e se mantém vazia. A ANSA constituiu um despertar do Mito
Lusitano; o desencadear do Potencial da Raça para contra-atacar as correntes subversivas do
Capitalismo e Comunismo que sugam toda a força constructiva e vontade formativa. Este apelo
intrínseco é indelével e inabalável; apenas era necessário que o governo putrefacto e decadente
abrisse a porta à chama. Como uma revolta inextinguível, teríamos hoje um Portugal Eterno em
vez do espectáculo miserável a que chamamos de III República Portuguesa, que de Portuguesa
pouco ou nada terá. Vivemos, sem dúvida até agora, os piores tempos do século e esperar-se-à um
resultado dos seguintes: ou uma geração, nascida e criada no anseio de um novo Portugal e de uma
nova concepção de vida se organiza, ou estaremos destinados à escravidão. Este é o apelo que
todos os portugueses sentem; alguns já o compreendem e abraçam a dimensão da sua força; outros,
irrequietos começam a responder à revolução interna. Quando todos forem um com a realidade e
com a consciência; com a essência e os sentidos, poderemos dizer: “Portugal ressuscitou. Que a
vontade do sangue seja cumprida!”. Caso isto não aconteça, e os portugueses permitam que forças
supra-nacionais governem a sua política e orientem a sua moral; que a raça se bastardize e os
valores raciais sejam perdidos, então merecerão a erradicação que lhes espera, e já hoje é visível.
O desastre migratório que hoje observamos, que se espalha por toda a Europa é obra propositada
para a destruição de povos e raças nobres, criando somente um aglomerado de gente sem qualquer
união ou sentimento de pertença; sem anseios nem aspirações; desvinculada da consciência
primordial, transformando-se, assim num gado servil de Judá. De que adianta haver 10, 20 ou até
30 milhões de “portugueses” se estes não têm qualquer ligação com o solo ou com o sangue que o
defendeu? Seria melhor ter 10 portugueses, cientes da sua missão racial, do que 10 milhões de
degenerados que, como animal servil, aplaudem as mesmas forças que pretendem a sua destruição.
De facto, duvido que haja melhor gado do que o Homem. Só o facto de haver um indiano a
“governar” Portugal (o execrável António Costa é somente um imbecil útil) e um judeu como
Presidente da República, deveria deixar o sangue de qualquer português a ferver. Mas este povo
que está totalmente domado e aceita qualquer diluição racial e até parece ser o primeiro a ansiar
pela mesma.
Observa-se, contudo e ainda bem, numa minoria jovem, um desejo de regressar ao estilo de vida
saudável, fora do cosmopolitismo judeo-maçónico, longe da corrupção e leviandade moral das
cidades. Um regresso ao Ser Ancestral; um retorno à energia da qual todos originam. Eles são os
místicos da raça; desconectam-se da realidade artificial que nos foi forçada pelos demónios de
Judá para serem um consigo mesmos, como Meister Eckehart desejava. Constituem os mais nobres
filhos da raça, aqueles que sendo um com o espírito racial desencadearão a revolução racial sobre
a qual o Meister Rosenberg escreveu. Eles sentem a geomancia da Lusitânia e sabem que somente
nesta é que o seu avanço mítico pode ser realizado, pois podem certamente existir pátrias maiores
e mais ricas, mas esta é a nossa e “nenhum bom filho deseja ser filho de outra mãe”418
. Pode-se
dizer que estamos orgulhosamente sós, mas não sozinhos